Maternidade Januário Cicco integra projeto que visa criação de Centro de Neuroproteção Infantil
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Foto: Divulgação

A Maternidade Escola Januário Cicco, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (MEJC-UFRN), faz parte de uma iniciativa aprovada no edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), agência federal de fomento à inovação.

O projeto, denominado Centro de Neuroproteção Infantil (CNI), contará com um investimento de aproximadamente R$ 12 milhões para o desenvolvimento de tecnologias voltadas à saúde neurológica de crianças.

O CNI tem como proposta criar e implementar soluções tecnológicas para o neuromonitoramento de recém-nascidos graves internados em UTIs neonatais, permitindo a detecção precoce de convulsões e outras alterações neurológicas.

A iniciativa busca possibilitar o início rápido e direcionado dos tratamentos, reduzindo o risco de sequelas e melhorando o prognóstico neurológico dos pacientes.

O projeto reúne neurocientistas, físicos, engenheiros eletrônicos, cientistas de materiais e cientistas da computação em colaboração com profissionais da neonatologia, promovendo uma atuação interdisciplinar. A parceria envolve a MEJC-UFRN, o Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (ICe-UFRN) e o Grupo de Nanociências e Nanotecnologia do Departamento de Física da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

De acordo com o professor Richardson Leão, do Instituto do Cérebro, o objetivo do Centro é transformar e universalizar o cuidado neurológico infantil. “O CNI tem como objetivo criar e validar tecnologias de monitoramento neurológico pediátrico, em tempo real, capazes de gerar alertas aos profissionais de saúde e auxiliar no diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças do sistema nervoso”, destacou o pesquisador.

Para a médica neonatologista da MEJC, Anna Christina Granjeiro, o avanço no manejo das condições neurológicas infantis trará impactos significativos na qualidade de vida dos pacientes. “A melhor detecção e tratamento dessas condições reduzirão o risco de sequelas no desenvolvimento neuropsicomotor das crianças, trazendo ganhos enormes para os pacientes, suas famílias e para a sociedade”, afirmou.

A MEJC conta atualmente com uma UTI neonatal de 20 leitos, equipada com tecnologia de ponta e uma equipe multidisciplinar especializada. Segundo Anna Christina, o novo projeto chega para preencher uma lacuna importante. “Agora teremos a possibilidade de oferecer neuromonitorização contínua aos nossos pacientes e avançar no cuidado neuroprotetor. Afinal, lidamos com cérebros em desenvolvimento, que exigem atenção especial”, completou.

O Centro de Neuroproteção Infantil foi um dos oito projetos selecionados na Linha Saúde do edital da Finep, entre 47 propostas submetidas por instituições de pesquisa de todo o país. A iniciativa integra uma das cinco áreas temáticas definidas pela chamada pública da agência.

O professor Richardson Leão destacou ainda o apoio institucional da universidade. “Quero agradecer à Pró-Reitoria de Pesquisa da UFRN (PROPESQ) pela ajuda na elaboração do projeto e em todo o processo, especialmente à pró-reitora Silvana e à técnica Elinete”, finalizou.

Por Paulina Oliveira/Coordenadoria de Comunicação Social da Ebserh

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