Pesquisadores da UFRN aparecem entre os cientistas mais influentes do mundo
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Kássio Michell Gomes De Lima. Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN

Sete pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), sendo dois deles do Centro de Ciências Exatas e da Terra (CCET), foram reconhecidos na lista de 2025 dos cientistas mais influentes do mundo, divulgada pela Elsevier, uma das maiores empresas de publicação científica do mundo.

O levantamento destaca o impacto dos pesquisadores com base nas citações recebidas por seus trabalhos durante o ano de 2024.

Os nomes da UFRN citados são: Carlos Alberto Martínez-Huitle e Kássio Michell Gomes de Lima, ambos do Instituto de Química (CCET); Madras Viswanathan Gandhi Mohan, do Departamento de Física Teórica e Experimental (FIS); João Medeiros de Araújo, do Programa de Pós-Graduação em Física; Rafael Chaves, da Escola de Ciências e Tecnologia (ECT); Edward J. Tehovnik, do Instituto do Cérebro; e Eudenilson Lins de Albuquerque, da Engenharia Civil.

Destaque 

Atualmente professor titular da UFRN e bolsista de produtividade do CNPq 1B, Kássio Michell Gomes de Lima é graduado em Química pela UFRN (2003) e doutor pela Unicamp (2009). Sua carreira internacional inclui um pós-doutorado na Espanha (CSIC), duas atuações como pesquisador visitante no Reino Unido e uma década (2014-2024) como professor do programa europeu Erasmus Mundus.

Para o professor, o reconhecimento é um reflexo do trabalho conjunto desenvolvido na instituição. “Ser reconhecido entre os cientistas mais influentes do mundo representa uma grande honra e uma satisfação imensa”, afirmou. “Mais do que um resultado individual, considero essa conquista como fruto de um esforço coletivo, que envolve estudantes, colaboradores e o apoio institucional do Instituto de Química e do CCET.”

Sobre sua principal linha de pesquisa, Kássio explicou que seu grupo no Instituto de Química atua no desenvolvimento de soluções inovadoras para a química analítica, como amostras clínicas, alimentos, produtos farmacêuticos, materiais associados a doenças, petróleo e água produzida.

O trabalho do grupo inclui ainda “a construção de algoritmos quimiométricos voltados à classificação e calibração multivariada, além de explorar o uso de imagens digitais e instrumentação analítica portátil”, com o objetivo de gerar soluções “precisas e sustentáveis para desafios em setores estratégicos.”

Outro docente do Instituto de Química (IQ) mencionado no ranking é Carlos Alberto Martínez-Huitle, professor associado da UFRN e bolsista de produtividade do CNPq 1B. Para ele, que aparece na lista de forma consistente há sete anos (desde 2017), o reconhecimento é uma “fonte de grande satisfação e uma validação do trabalho árduo e da paixão dedicados à ciência.”

Com uma carreira internacional, Carlos Alberto Martínez-Huitle é graduado em Química no México e doutor pela Università di Ferrara (Itália). Após atuar na indústria química e como docente na Universidade de Milão, ingressou na UFRN em 2008 como professor, mantendo colaborações como pesquisador visitante em instituições na Alemanha, Espanha, França, China, Japão, Chile, México e Brasil.

Entre seus principais reconhecimentos, o professor foi nomeado Senior Scientist pela Alexander von Humboldt Foundation (2018) e Fellow pela Royal Society of Chemistry (RSC) em 2023. Ele também recebeu o Green Talent Award do Governo Alemão (2009) por suas contribuições no tratamento de água e foi laureado duas vezes com o Prêmio da Fundação Oronzio e Niccolò De Nora (2005 e 2009).

Em entrevista, ele ressaltou que o reconhecimento profissional valida o trabalho de todo o seu grupo de pesquisa. “Este reconhecimento não é apenas meu, mas de todos os meus brilhantes alunos de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado, e dos colaboradores com os quais tenho a sorte de trabalhar”, afirmou.

As linhas de pesquisa do professor e de seu grupo de pesquisa focam em investigações fundamentais e aplicações práticas da eletrocatálise e da eletroquímica. O trabalho inclui desde o desenvolvimento de materiais de alta performance para a “produção de hidrogênio verde” até a criação de eletrodos que geram oxidantes potentes para a “remediação e desinfecção de águas”. O grupo também explora a valorização de resíduos de biomassa, como vinhaça, castanha de caju e açaí, para produzir sensores de monitoramento de poluentes e outros compostos de valor agregado. Segundo o professor, o objetivo é aplicar essas tecnologias para “resolver problemas ambientais, energéticos, de saúde pública e sociais”.

Fonte: CCET/UFRN

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