A exportação de gado vivo foi tema da palestra nesta quarta-feira (15) proferida pelo secretário de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (SAPE), Guilherme Saldanha, dentro da programação da 63ª Festa do Boi, no Espaço Sebrae. “Exportação de gado vivo pelo Porto de Natal: Um mar de oportunidades para o Rio Grande do Norte”, mostrou os novos cenários criados no Estado para entrar neste mercado.
A palestra apontou as mudanças realizadas no Rio Grande do Norte nos últimos anos para que essa perspectiva seja possível e o Estado esteja apto a participar deste segmento com registros de crescimento dentre os produtos exportados no País. Além disso, a localização geográfica do RN tem vantagens sobre os outros estados que exportam essa carga, gerando economia de custos para os compradores.
Outro ponto positivo levado em consideração para a produção local é o clima semiárido, promovendo maior resistência ao adoecimento do animal e melhor adaptabilidade no transporte. Todos esses fatores foram apresentados.
“É um pouco da história do que está acontecendo no Rio Grande do Norte, que é a exportação do gado vivo. O Brasil, este ano, será o país que mais vai mandar gado vivo para o Oriente Médio e isso é um negócio que há três anos era menos de 600 mil cabeças e este ano vai bater um recorde de 1,8 milhão cabeças de gado”, disse o secretário. Ele acrescentou que, paralelamente à necessidade mundial que abre este mercado voltado para abate e consumo, há também o interesse no melhoramento genético de raças de criadores locais que vêm ganhando reconhecimento no país.
Além dos desafios ao longo dos anos para se chegar a essa realidade, Guilherme Saldanha pontuou o cenário da agropecuária de alguns anos antes e também sobre o novo ambiente em que se permite um investimento seguro no Rio Grande do Norte.
Os investimentos neste novo cenário propiciam benefícios relevantes aos criadores com elevação de renda acessando novos mercados, geração de empregos – diretos e indiretos em frentes de apoio dentro da nova atividade -, desenvolvimento rural, como também melhorias sanitárias e infraestrutura.
A exportação de gado vivo pode se tornar um impulsionador da pecuária potiguar, com apoio de políticas públicas, iniciativa privada e investimento em infraestrutura. Saldanha elencou, entre os incentivos do Estado, o resgate do funcionamento de abatedouros de grande porte, um deles operando em parceria público-privada, e o acompanhamento junto ao Ministério da Pecuária a instalação de fazenda para quarentena do gado a ser exportado.
Fonte: SAPE RN

