O câncer de próstata é o segundo tipo de tumor mais comum entre os homens, perdendo apenas para o câncer de pele, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Apesar dos avanços na medicina, o tumor no órgão masculino ainda enfrenta barreiras importantes relacionadas à falta de informação e ao atraso no diagnóstico.
Para ajudar a esclarecer os principais aspectos sobre a doença, o médico urologista Arnaldo Santiago, professor de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), instituição integrante da Inspirali, Ecossistema que atua na gestão de 15 escolas médicas em diversas regiões do Brasil, destaca cinco elementos fundamentais que todo homem deve conhecer.
O primeiro aspecto é que o câncer de próstata é assintomático em sua fase inicial e que, quando os sintomas aparecem, geralmente indicam uma doença mais avançada. Entre os sinais de alerta estão sintomas urinários que podem estar relacionados à doença localmente avançada, como jato urinário fraco, esforço miccional, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, aumento da frequência urinária, especialmente à noite, e, em alguns casos, presença de sangue na urina ou no sêmen. A presença de dor óssea costuma estar associada aos estágios avançados da doença.
Os sintomas urinários, porém, podem estar relacionados a outras condições, principalmente à hiperplasia benigna da próstata, o que reforça a necessidade de avaliação médica. “Todo sintoma persistente deve ser investigado. O exame clínico e a análise laboratorial são essenciais para diferenciar problemas benignos de situações que merecem maior atenção”, orienta.
Exames e fatores de risco
Outro elemento indispensável é a realização dos exames de rotina. O exame de sangue PSA (Antígeno Prostático Específico) e o toque retal continuam sendo essenciais para avaliar a saúde da próstata e realizar o diagnóstico precoce do câncer de próstata. De acordo com Santiago, muitos homens ainda evitam a consulta por preconceito ou desinformação. “Superar esse tabu é um gesto de responsabilidade com a própria vida e com os familiares. Os exames são rápidos, seguros e salvam vidas todos os dias”, reforça o docente da UnP/Inspirali.
A terceira questão envolve os fatores de risco. Idade acima de 50 anos, histórico familiar e raça são variáveis que aumentam a probabilidade de desenvolver a doença. Homens negros, por exemplo, têm maior incidência e mortalidade. Já o quarto aspecto é que o estilo de vida também influencia. “Alimentação balanceada, atividade física regular e controle do peso ajudam na prevenção”, frisa o urologista.
Por fim, o professor destaca a boa notícia: “Quando diagnosticado precocemente, o câncer de próstata tem altas taxas de cura. O rastreamento do câncer de próstata reduz a incidência da doença em sua fase avançada, quando não há mais possibilidade de cura, somente um controle temporário da doença. Portanto, quanto mais cedo detectamos qualquer alteração, maiores são as chances de um tratamento eficaz e de redução da morbimortalidade. Vale ressaltar que o importante é ir ao urologista pelo menos uma vez por ano para a realização do check-up”, conclui o urologista Arnaldo Santiago.
Fonte: Universidade Potiguar – UnP
