IFRN Campus João Câmara celebra o 4º Novembro Negro em defesa da memória, identidade e resistência dos povos negros
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Foto: Divulgação

Campus João Câmara do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) realizou, na última quarta-feira, 12 de novembro, a quarta edição do Novembro Negro, evento que integra as ações institucionais de valorização da diversidade étnico-racial e de promoção de uma educação antirracista.

A atividade, promovida pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) em parceria com o Núcleo de Arte (NUARTE), ocorreu no Auditório Thomé Soares Filgueira e reuniu estudantes e servidores do Campus João Câmara, além de representantes da Comunidade Quilombola de Acauã, do município de Poço Branco/RN.

Com o tema “Corpos em resistência, memórias em movimento”, o encontro celebrou a força e a ancestralidade dos povos negros e quilombolas por meio das artes cênicas e das manifestações da cultura popular.

A programação contou com o espetáculo “Axé Nzinga”, apresentado pelo artista potiguar Jonas Sales, que trouxe ao palco uma narrativa corporal inspirada na história da rainha africana Nzinga, símbolo de resistência à escravidão e à opressão colonial. Em cena, o performer apresenta parte de sua pesquisa sobre “Corponegritude”, conceito construído em sua tese de doutorado que aproxima técnicas das expressões populares de matrizes africanas por meio do corpo em movimento.

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A tarde também foi marcada pela apresentação da dança “Farinhada”, manifestação cultural da Comunidade Quilombola de Acauã (Poço Branco/RN) que celebra o trabalho coletivo ligado à produção da farinha de mandioca e evidencia o protagonismo das mulheres quilombolas. A performance destacou a força feminina na preservação das tradições, da memória e da identidade comunitária.

Estudantes recebem premiação da OBERERI

Ainda na programação do Novembro Negro, foi realizada a entrega da premiação aos estudantes do Campus João Câmara que se destacaram na Olimpíada Brasileira de Relações Étnico-Raciais, Afro-brasileiras, Africanas e Indígenas (OBERERI). Os discentes do Campus receberam certificado e medalha por seu desempenho na competição.

A OBERERI tem como objetivo promover o conhecimento e a valorização das tradições culturais, histórias e conhecimentos das comunidades tradicionais e dos povos originários. A competição busca incentivar os estudantes a aprenderem uns com os outros, desenvolvendo empatia e compreensão, promovendo o respeito e a valorização das diversas culturas presentes no Brasil.

Novembro Negro

A realização do Novembro Negro reforça o compromisso do IFRN com a Lei nº 11.645/2008, que tornou obrigatória a abordagem da história e cultura afro-brasileira e indígena no currículo escolar. Mais do que uma atividade artística, o evento constituiu um espaço de reflexão e diálogo sobre ancestralidade, resistência e identidade, reforçando o papel da educação pública como instrumento de transformação social.

Fonte: IFRN JC

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