As operações de financiamento pelo Banco do Nordeste (BNB) no Rio Grande do Norte cresceram 10,5% entre janeiro e setembro deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Foram mais de 180 mil contratos assinados. Em valores, os créditos chegam a R$ 2,84 bilhões.
O setor de comércio e serviços foi o que registrou a maior demanda por crédito, chegando a R$ 705,7 milhões em contratações e superando em 8% o orçamento programado para 2025 pela Superintendência Estadual do BNB.
Agricultura e pecuária também registram bons números, com R$ 544 milhões contratados, apesar da pouca incidência de chuvas na maior parte do território potiguar, no ano.
“O agricultor norte-rio-grandense se mostra resiliente às condições climáticas, investindo em tecnologias adaptadas ao semiárido, difundidas por parceiros como o Seapac [Serviço de Apoio a Projetos Alternativos Comunitários], com recursos de editais sociais do Banco do Nordeste. Ou seja, nós incentivamos a agroecologia e chegamos na outra ponta com o crédito”, explica o superintendente Jeová Lins.
O gestor entende a predominância do setor de comércio e serviços como uma característica do estado e destaca a destinação de recursos da Superintendência do RN para projetos de infraestrutura, que chegaram a R$ 766 milhões no período.
“Nós financiamos dois grandes projetos de transmissão de energia na Bahia, de clientes da agência Natal Tirol. Quando estiverem em funcionamento, essas linhas vão dar vazão à produção de parques eólicos e solares instalados majoritariamente em solo potiguar. E isso vai reduzir os riscos de suspensão ou limitação da geração de energias renováveis por falta de consumo ou pouca capacidade das redes de transmissão, o chamado curtailment”, assegura Lins.
Crescimento de 16% em toda a área de atuação
A soma de todos os valores contratados pelo BNB em sua área de atuação (Nordeste e parte de Minas Gerais e Espírito Santo) chegou, no final do terceiro trimestre, em cerca de R$ 51 bilhões. O valor é 16,2% acima do registrado nos nove primeiros meses de 2024.
Em número de operações, o crescimento foi de 6,6%, na mesma comparação. Passou de 3,42 milhões de contratações para 3,65 milhões.
Fonte: Banco do Nordeste

