
Os partidos Progressistas (PP) e União Brasil anunciaram, nesta quarta-feira (8), punições aos ministros do Esporte, André Fufuca (PP), e do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), por desrespeitarem a orientação das siglas para deixarem os cargos no governo federal. A decisão aprofunda a crise entre as legendas e o Palácio do Planalto.
Em nota oficial, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, informou que Fufuca será afastado de todas as decisões partidárias e perderá a vice-presidência nacional da legenda. Além disso, a direção do partido fará uma intervenção no diretório estadual do Maranhão, retirando o ministro do comando da sigla no estado.
“A Direção Nacional do Progressistas realizará, ainda, intervenção no diretório do Maranhão, retirando o ministro do comando da legenda no estado. O PP não fará parte do atual governo, com o qual não nutre qualquer identificação ideológica ou programática”, diz o comunicado.
A Executiva Nacional do União Brasil também se reuniu nesta quarta e deve aplicar sanções internas ao ministro Celso Sabino. Ele, assim como Fufuca, contrariou a decisão da legenda de devolver os ministérios ocupados por filiados.
A pressão das cúpulas partidárias ocorre após semanas de atrito com o governo federal. Apesar das indicações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em busca de apoio no Congresso, PP e União Brasil anunciaram que não integram oficialmente a base aliada.
Na última segunda-feira (6), durante agenda no Maranhão, Fufuca deu sinais de que pretende permanecer no cargo. Em publicação nas redes sociais, o ministro afirmou que sua fidelidade é “primeiramente ao povo que confiou o seu voto” e declarou que seguirá “lado a lado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.