Adolescentes em semiliberdade escolhem Emmanuel Bezerra como patrono de biblioteca em unidade da Fundase/RN

Emmanuel Bezerra foi um líder estudantil morto pela ditadura militar (1964 – 1985. Nasceu em São Bento do Norte (RN); presidiu a Casa do Estudante, em Natal; dirigiu o Diretório Central dos Estudantes (DCE/UFRN)

Foto: Fundase RN

A primeira etapa do projeto “Biblioteca: Pontes de Transformação”, realizado no Centro de Atendimento Socioeducativo de Semiliberdade – Casemi Nazaré, em Natal, envolveu os adolescentes na escolha do nome do espaço de leitura.

Na última semana de julho, os socioeducandos votaram entre três opções apresentadas pela equipe técnica: o educador Paulo Freire, o poeta Antônio Francisco e o estudante Emmanuel Bezerra, que foi escolhido por ser símbolo de juventude e consciência crítica.

Cada nome foi defendido por um profissional da equipe. O agente socioeducativo Ciro, a assistente social Mora e a pedagoga Edna destacaram as contribuições e o significado de cada indicado.

A iniciativa da unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Norte (Fundase/RN) busca transformar a biblioteca em um espaço mais acolhedor, acessível e estimulante, com atividades culturais, como rodas de leitura, contação de histórias, saraus literários e A Hora do Conto, além da ampliação do acervo por meio de parcerias institucionais. Os servidores destacam que o protagonismo dos adolescentes é parte fundamental do projeto, que valoriza a participação ativa em todas as fases.

Homenageado

Emmanuel Bezerra foi um líder estudantil morto pela ditadura militar (1964 – 1985. Nasceu em 1947, em São Bento do Norte (RN); presidiu a Casa do Estudante, em Natal; dirigiu o Diretório Central dos Estudantes (DCE/UFRN) e foi preso em 1968, durante o Congresso da UNE, em Ibiúna (SP). Morreu em 1973, na cidade de São Paulo (SP). Os militares alegaram que houve troca de tiros durante nova prisão, mas, anos depois, ficou evidenciado que Emmanuel havia sido preso e torturado em Recife naquele ano. Em seguida, foi transferido para São Paulo, onde foi torturado até a morte no Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI/CODI-SP).

Fonte: Fundase/RN

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