Reação às tarifas de Trump expõe “patriotismo de fantasia” de bolsonaristas do RN
Fotos: Reprodução

A reação dos autoproclamados patriotas da extrema-direita do Rio Grande do Norte à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa extra de 50% aos produtos importados do Brasil, anunciada na última quarta-feira (9), foi reveladora: longe de defender a soberania nacional, os interesses econômicos do país e os empregos dos brasileiros, em especial dos potiguares, eles comemoraram a decisão do republicano por acreditar que a medida beneficiará o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O senador Rogério Marinho (PL), a deputada federal Carla Dickson (União Brasil) e os deputados federais General Girão e Sargento Gonçalves, ambos do PL, se uniram no mesmo discurso em defesa da sanção imposta pelo presidente norte-americano aos produtos brasileiros sob a alegação de que se tratava de uma retaliação à suposta “perseguição” sofrida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no inquérito da trama golpista em fase de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

De forma despudorada, os bolsonaristas ainda repetiram o mesmo discurso ensaiado na tentativa de transferir para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a responsabilidade pela chantagem de Donald Trump.

Em entrevista a uma rádio de Natal, conhecida pelo seu alinhamento editorial com o bolsonarismo, Rogério Marinho disse que o aumento repentino de tarifas de 10% para 50% imposto ao Brasil era “culpa do presidente Lula”.

Ele pregou ainda a subserviência do Brasil ao argumentar que o país não deve recorrer à Lei da Reciprocidade Econômica para responder ao ataque dos Estados Unidos. Na visão do senador, isso poderia levar a perdas maiores.

“Eu acho que o presidente Lula tem que arrumar a malinha dele e ir para Washington, porque se ele não quiser ir, nós nos propomos a ir, a fazer esse processo”, declarou, diante de uma amistosa bancada de entrevistadores.

Fonte: Agência Saiba Mais

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