
Na manhã do dia 26 de junho de 2025, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) realizou a reunião de apresentação do Protocolo Antirracista da instituição, em formato híbrido, com transmissão e participação presencial no Campus Natal-Central.
A atividade marcou o início de uma jornada institucional rumo ao fortalecimento das políticas de combate às diferentes expressões do racismo, mas, também, com foco em acolhimento, prevenção, formação e pertencimento.
Coordenado pela Assessoria de Educação Étnico-Racial (Aseabi) do IFRN, o momento contou com falas de gestores, servidores, estudantes, convidados externos e representantes de movimentos sociais, que destacaram o caráter histórico e coletivo da construção do documento.
Segundo Gilson José Rodrigues Júnior, assessor responsável pela condução do protocolo, a proposta parte do reconhecimento de que o racismo estrutural atravessa as instituições — e, por isso, o enfrentamento deve ser institucionalizado e contínuo.
“Este protocolo nasce como uma bússola, não só como escudo. Não estamos apenas reagindo ao racismo, mas apontando caminhos de convivência, de justiça e de pertencimento”, destacou Gilson, emocionado ao relembrar sua própria trajetória de estudante negro que não se sentia representado nas instituições públicas.
O protocolo estabelece cinco eixos principais de atuação:
- Prevenção e enfrentamento ao racismo e outras violências institucionais;
- Criação de fluxos de acolhimento e pertencimento;
- Revisão de processos de ingresso, permanência e êxito de estudantes negras/os, indígenas e quilombolas, além do necessário impacto e progressão funcional;
- Formação continuada com foco em práticas antirracistas; e
- Identificação dos dados acerca do pertencimento étnico-racial de discentes e servidoras/es;
A pró-reitora de Ensino, Anna Catharina Dantas, reafirmou a importância da iniciativa no contexto da missão institucional do IFRN:
“Implementar um protocolo antirracista significa assumir, de forma ética e concreta, que a educação pode e deve ser instrumento de transformação social. Este não é apenas um documento administrativo, mas um compromisso com o futuro e com a justiça”
Pró-reitora de Ensino, Anna Catharina Dantas
Fonte: IFRN