Prefeita de João Câmara perde chance de cobrar solução para o abastecimento de água
Prefeita Aizwe e comitiva xom a governadora Fátima – Foto: reprodução

Na última semana, a prefeita de João Câmara, Aize Bezerra (PSDB), acompanhada do vice-prefeito e de toda a bancada de vereadores da situação, esteve em Natal para entregar pessoalmente convites da tradicional festa de São João à governadora Fátima Bezerra, ao vice-governador Walter Alves, ao presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, senadora Zenaide Maia, deputado federal Benes Leocádio, além de deputados: fed estaduais.

Embora o gesto seja visto por muitos como uma forma de valorização da cultura local e de reforço dos laços institucionais, causou estranheza e frustração o fato de que nenhum esforço concreto tenha sido feito ali para cobrar uma solução para um dos problemas mais graves e antigos do município: o abastecimento de água.

João Câmara convive há décadas com um sistema precário de fornecimento d’água. São constantes as reclamações de moradores que, mesmo pagando suas contas regularmente, enfrentam torneiras secas e a necessidade de recorrer a carros-pipa. Um problema crônico, conhecido por todos, mas que segue sendo empurrado com a barriga por sucessivas gestões.

Diante da oportunidade rara de estar frente a frente com as principais autoridades do Estado, era de se esperar que a comitiva municipal levasse consigo, além dos convites festivos, uma pauta séria, firme e urgente: pressionar o governo estadual e a CAERN por ações concretas, prazos definidos e compromisso público com a melhoria do sistema de abastecimento.

A festa junina é, sem dúvida, um momento importante de celebração para o povo camaraense. Mas é preciso lembrar que não há o que festejar de verdade quando falta o básico dentro de casa. O que se esperava da liderança do município era justamente isso: colocar a população em primeiro lugar e transformar uma agenda simbólica em uma ocasião de luta por direitos fundamentais.

A pergunta que ecoa entre os moradores é clara e dolorosa: até quando vamos continuar convivendo com a escassez d’água, pagando por um serviço que não chega e sem ver ações efetivas para mudar essa realidade?

A política precisa voltar a olhar com seriedade para as necessidades reais das pessoas. Água é vida. Água é prioridade.

Este post tem um comentário

  1. Angélica

    Muito bem colocada suas palavras , sem a água , um bem necessário, como querem que os turistas que vem para casas de familiares ou em pousadas e hotéis vejam a cidade com bons olhos passando escassez de água .
    Nem todos avaliam uma cidade por uma festa .

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